Escrevo porque não digo...
O que sinto, calo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014





TU e EU


Sonhei um sonho bem doce e forte
Tendo sempre a fé como norte
Por ouvir que o Universo conspira
A favor do amor que rima

A paz que me encobria
Bem mais que as noites frias
Dizia-me claramente
Que tudo tem sua hora
Para início de cada história

Assim, conheci o anseio
Dancei,
Fiz estripulia
Tentando correr com o tempo
Que, parecendo tão lento,
A noite inteira era dia

Seguindo com a falta tua,
Sentindo minh'alma nua,
Juntei-me a paciência
E quando as condolências estavam para chegar
Eis que a dor findou...
O amor decidiu gritar

Atravessando os muros
Tua voz chamou o meu nome
Despiu, num choro profundo
Teus medos e tua fome
De amar-me por vida inteira
E como a vez primeira
Viramos um só pronome



UNIÃO

Conheço-te, profundo
Mais fundo que outros mares
Em fração de segundos,
Percebo em teus olhares
A nuvem que se choca
Ou o sol que me inebria
As noites que assossegam
E os carnavais dos dias

Sorristes noutros gostos
E meu rosto renegas
Em momento duvidoso
Entre espera e entrega

Pacientemente e puro
Passo pela tempestade
Deixo que derrube os muros
Dou lugar às paisagens
Coração me veio quente
D'outros cantos,
Mil passagens

Por amor e calmaria
Vou despir-me de vaidade,
Entregar-me a alegria,
Ser teu par...
Deus como guia,
Há de dar-nos liberdade.

quarta-feira, 7 de maio de 2014



De nada me valeria a estrada e seus holofotes
Se tu, que sempre foi meu norte,
Não estivesses lá

De nada me valeria o mundo
Nem desfrutar de tudo
Se o meu sorriso mesmo, 
Seria só doce disfarce

Sou minha própria luz,
Sou o meu caminho e meu vendaval

Mas tu, com o olhar sorrindo,
Sempre foi meu íntimo,
Meu céu e meu litoral

O encontro com o teu sorriso
Sem dúvida, meu abrigo,
Foi e sempre será o porto 
Que eu escolhi parar

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Uma vida bem vivida



Enquanto estiver viva,
Quero ser-te companhia
Quero ser, em ti, amor
Grande parte da alegria

Quero ser-te, um dia, orgulho
Do mais puro que puder
Desfazer, enfim, as malas
E fazer nosso café

Quero ser, em ti, verdade
Ser mulher
Ser liberdade

Quero ser o teu abrigo
Teu amor, de sempre, amigo
Ser o teu melhor encaixe

domingo, 24 de novembro de 2013

Em algum momento...


Em algum momento da vida, depois de ter crescido, você vai se sentir tão pequeno e frágil, que toda a coragem que você teve na adolescência vai sumir, como se jamais tivesse existido antes. E aquela vontade de enfrentar o mundo, ou de beijar alguém num lugar que parecia impróprio parecerá tão distante de quem você se transformou, que se deparará com questionamentos como “Nossa! Como eles conseguem fazer isso? Eu jamais conseguiria!”, quando, na verdade, você foi exatamente como eles, um dia.
O tempo traz medos tão tolos à vida, que o que é verdadeiramente importante vai ficando para trás, dando espaço a um cansaço inútil e completamente dispensável. Deixa-se de dar um beijo em quem se ama, ao acordar, somente pela certeza de que aquela pessoa acordará ali todos os dias; deixa-se de dormir de conchinha, numa cama de casal, por parecer apertado e incômodo, quando já foi tão prazeroso dividir um velho colchãozinho de solteiro; deixa-se, então, aos poucos, o sorriso ir fechando-se, a doçura ser entregue aos estresses rotineiros do “mundo normal”, e vai se tornando comum não falar mais sobre os sentimentos, a criar e guardar pensamentos e, sem perceber, não se percebe mais quem o outro é, e não enxerga-se mais a sua essência.
O amor, seja ele doce, duro, romântico, racional, dosado ou exagerado, é como uma casa que enfrenta todo um inverno rigoroso esperando a chegada do sol, para seca-la e aquecê-la, fazendo com que suas paredes não mofem.
Se você conhece alguém há cinco meses, seis ou trinta anos, olhe-o dentro dos olhos, beije-os, diga que o ama, ou não diga nada, mas dê-lhe um abraço apertado sempre que puder, lembrando que o Tempo traz cada um e o leva quando menos se espera e que, ao deitar, tem-se a certeza de dormir, mas acordar é uma graça recebida somente com o abrir dos olhos.
Então, ame em cada detalhe, com tudo que puder! Ame, somente ame com força e fé!

domingo, 15 de setembro de 2013

Setembro




Setembro chegou com cheirinho de amor
Num dia em que o sol fez questão de brilhar...
Me deu um sorriso em forma de flor
E um doce beijinho, que faz flutuar

Setembro, eu me lembro,
Me fez tão feliz
Que um trato sincero, então, eu lhe fiz:
Você me chegou, assim, tão sereno
Que eu te confio o meu coração
Nos próximos anos, setembro, eu te espero
Me chegue soprando uma bela canção

Setembro cumpriu, sempre bem singelo
Me canta, me encanta, me joga na roda
Eu danço, balanço, dou voltas no ar
Sorriso bem largo, olhar que ilumina
Sem dia nem hora marcada pra estar

E como fosse o primeiro -
Setembro, o amor me viu
Setembro fez-me-faz amar

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Remate


Às vezes, muitos amigos são ótimos enquanto perdidos...
São daqueles, dos maiores amores, que nem sabemos medir. Tudo o que mais queremos quando esse amigo chora, sem data nem hora, é que a felicidade vá lhe acompanhar. Mas não sei bem o que se passa quando esse encontro é chegado. Num passo só, lá se foi o amigo... o  desfecho deixa marcas no peito, e você é quem chora vendo o amor indo embora dum irmão que escolheu, tanto amou e acolheu, mas foi só esse coração bobo, que guiou tanto o torto, que sentou e sofreu.