Escrevo porque não digo...
O que sinto, calo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010


Quem é do mar
Nunca deixa de navegar...
E eu sou assim,
do mundo
Por isso vou tão profundo
no que eu acho que é certo
Do fácil nem passo perto
Doo o melhor e pior de mim...
É, eu sou mesmo assim.

sábado, 29 de maio de 2010



Que ser humano dá amor sem esperar,
o mínimo que seja,
de troca,
de afeto,
de reciprocidade?


Poderia dar como perdido
O tempo que doei a inércia do nosso amor...
Se é mesmo que era amor,
Onde só de um era o que parecia...
Nós dois, água morna, quase fria

Rasguei versos tão sinceros,
Pus um fim as melodias
Que traziam ao meu canto,
Quase sempre que em prantos,
Alguém que eu não merecia

"Merecer" parece forte-
Fuga pra aceitar um fim...
Forte mesmo é a morte,
Que já tem a bela sorte
De não ter que se seguir

Mas agora eu sorrio,
Sou meu mar,
Também meu rio,
Pois descubro hoje a fonte
Que reside em minha fronte
E completa meu vazio.

sexta-feira, 28 de maio de 2010



Me cansam pessoas que se auto-afirmam
sem nunca terem topado com seu próprio Eu.


O silêncio, na total escuridão,
É tão silencioso
Que chega a fazer barulho.

quinta-feira, 27 de maio de 2010



Conheço bem o lado mau da vida...
Mas prefiro a inocência,
Onde toda ferida cicatriza.

segunda-feira, 24 de maio de 2010



Todos os dias amanhecem e anoitecem...
Dormimos e acordamos sempre sabendo disso.
Mas jamais sabemos, ao certo,
Quando o sol virá
ou se a chuva irá tomá-lo.
Fazemos histórias vividas sem glória,
Ora encantos,
Ora desencantos...
Ilusões, talvez,
Desilusões... duas ou três.
Mas há sempre algo mais,
Que a vida traz inesperadamente:
A vontade de se começar um recomeço.

É preciso saber observar a vida com bons olhos...
Tudo o que nos é dado é para a nossa evolução.

domingo, 23 de maio de 2010



A solidão até que me trazia paz.
E viestes tu, assim, quando desisti de procurar,
Quando cansei de me doar,
Me entregar a tanta história mal contada,

Mal escrita e mal findada.


Mas reencontro agora a solidão,

e não sei mais se ela é paz.


Vivo mesmo num turbilhão de aspirações contidas em meu peito.
E minha alma te chama,
Aqui,
Quietinha.
Minha voz muda,
Minha paixão guardada,
Como uma criança, em seu primeiro amor.

A vida segue, com novos dias.
Refaço planos em meio a enganos que tento crer.
Um vazio que completo com momentos únicos, mas jamais vivos.
Raízes soltas no ar,
Árvores que podo mesmo antes de brotar.
Crio agora um jardim artificial...
Assim, posso lavar,
Jogar fora
Ou trocar as flores sempre que se empoeirarem.


Há uma imensidão
de cores no escuro do meu quarto,
Nossa história de
amor e ódio...
Um ódio
inventado, confesso,
Pra que a
permissão não exista,
Não se faça a
ponto de dizermos o que sentimos.
Parecemos seguir
caminhos opostos por uma mesma estrada.
Eu tendo sempre
que ir embora pra não cruzar com o seu nome,
Você renomeando
os cruzamentos pra se desviar de mim.
E nem sei mesmo
se o destino
Ou só nós que
escolhemos viver assim,
Nos recusando por
outras vidas...

... Nada mais me
marca a vida,
Nenhuma flor é
tão bem vinda.

sábado, 22 de maio de 2010




Numa sociedade hipócrita, porca,
Audaciosa sou.
Sou porque sou eu mesma.
E sou mesmo eu pra quem quer que seja.

Diálogos que passeiam sobre contra-cheques
Caem como uma bigorna sobre mim.
Não que eu não me importe um tanto
com o conforto que um bom peso deles pode proporcionar.
Mas alguns prantos já não são mais brandos há tanto tempo,
que tornou-se raro não virar costume
caminhar nas ruas sem olhar as tristes caras de fome.

Certa vez, cortou-me o peito
Um belo moço tão bem quisto
Comparar a ratos os mendigos
Que o chamavam de irmão

Ele até que respondia
Com bom tom e um sorriso
Pois a "bela hipocrisia"
Era o que melhor ele vestia

Doei-lhe, então, o meu desprezo
Isso é tudo que eu tenho
Pra alguém dissimulado
Que não compro, mas desdenho.


Há uma imensidão de cores
no escuro do meu quarto.


Seja inteira onde quer que esteja...
Mesmo tento meia parte de alguém,
que não é quem lhe quer inteira,
Seja! Seja!


O artista não se faz,
vem de alma pronta...
O que acontece, com o passar do tempo,
é o seu aprimoramento.


Para os desiludidos,
Eu cantarei o amor.


Meu canto é pra quem eu amo...
Pra quem me faz sorrir,
Me faz chorar,
Gritar,
Sonhar,
Viver.


Num rosto novo sorrio agora
Sorriso teu esse de outrora
Que não se esvai
Nem de mim sai

Tu que ocupas meu peito sem permissão
Que não me prende
E não me solta

Em outros olhos procuro os olhos teus
Nos lábios meus outro beijo beija
E, quisera eu, fosse teu
Esse beijo que beija o meu.


Está tudo certo,
Está tudo errado...
Um muro ergueu-se entre nós dois.

Em meio a enganos
E tempestades,
O meu deserto se ampliou.

São quase 23...




Acordo agora
Querendo navegar o mundo afora...
Fora de mim.

sexta-feira, 21 de maio de 2010



Quão bom seria se tivéssemos nos conhecido antes de todos os medos,
Antes de descobrirmos o sentido e o sentir da decepção,
Antes de acharmos as pessoas tão volúveis.

Quão bom seria apostar nessa história,
todas, todas as fichas, sem o mínimo de receio,
Me afogar no teu sorriso,
Me virar do avesso frente a ti.

Tenho, mesmo cedo,tanto a te dizer,
Tanto a te dar.
Mas minha voz desiste no meio do caminho,
e volta atrás.

Se soubesses ler os meus olhos,
Eles me denunciariam...
Te contariam tanto,
Tanto.


Um novo amor cura apenas
o que jamais foi amor antes.



Na vida,
podemos fazer tudo o que quisermos...

Desde que saibamos que ninguém,

além de nós,
poderá carregar o peso das consequências.



Eu quero alguém que me ame!
Eu quero alguém que eu ame!
Eu quero alguém que me encante,
Me cante um canto qualquer,
Que viva em mim...
Alguém que me faça rir,
E que sorria ao sorriso meu.

Asas




Você me mostrou o vento
E, ao vento, pairei atento,
Assustado por ainda desconhecê-lo

Logo me senti leve,
Livre
E entregue

Hoje, me quer de volta,
Abre a gaiola,
Me assobia

Mas quando você dizia
Que o mundo eu devia ganhar,
Por você não poder me amar,
Mal pensou se me feria.

Aqui...



O mundo ainda tem suas cores...
Lindas,
Vivas.
Uma canção, no rádio, tocando nossos beijos
E uma brisa,
Que parece me cobrir com o cheiro da sua pele,
Ronda meus fins de tarde.
Soube que você vai bem,
Que está feliz com outro alguém.
Eu, aqui, vou indo,
Com meus rabiscos,
Inventando solidão.
Resolvi fechar meu mundo.
Não recebo mais visitas,
Pois, hoje, tenho uma ampla vista
Do que é decepção.


Eis que então
De nada mais vale o meu amor.
O mundo te ganhou,
E tu ganhaste o mundo.
Já não sou mais parte dele...
A minha parte, em ti, se partiu.

quinta-feira, 20 de maio de 2010




A janela de quem o passado não bate?
Ninguém consegue esquecê-lo,
apagá-lo...
O passado é parte de todo e qualquer ser...
É algo imutável, depois de escrito,
gravado em cada dono seu.
O máximo possível de ser feito
é começar hoje a preparar
o passado agradável de amanhã.

quarta-feira, 19 de maio de 2010


Uma mesma estradas nos leva a dois caminhos distintos...
Essa é a função do livre-arbítrio,
e a nossa obrigação para connosco:
Escolher qual rumo tomar.


Que posso dizer-te?




Que posso dizer-te
Se junto a ti minhas palavras somem?

Escrevo,

Ensaio,

Faço,
Refaço,

E aqui me vejo...
Escorrendo em prantos,
Que molham teus cabelos
E revelam quão frágil sou.

23.05.09

Entrega





Por quantas vezes deleitei-me no teu ser

Consciente de minhas travessuras,

Com medo de amar-te,

De entregar-me por inteiro.
Mas não resisti!
Incontrolávelmente, dei cada pedaço de mim...
E aqui estou:
Contigo em meus pensamentos,

Em minhas palavras
E minhas ações.
Na luta mais dura que cravei contra mim,
Perdi a batalha.

E, hoje,

Posso dizer-te que estou sem armaduras
E é teu meu coração.
09.04.09

Olhos Negros




Tento fugir dos seus olhos,
tento fugir de você,
tenho medo de saber onde isso vai dar,
tenho medo de dar tudo onde não quero...
Ou onde quero,
porque já sei que te quero.
E tudo isso me dá medo...
Medo de não saber onde pisar,
E pisar ainda assim,
com os olhos vendados e aflítos
querendo te ver e te tocar.
Mesmo sem querer, acho que acabarei por te amar...
Você é um mistério que teimo em desvendar,
uma icógnita que quero decifrar.
Esses lindos olhos negros
que me encantam e atormentam...
Olhos esses que não me canso de olhar
e querer estar, e estar dentro deles.
E mesmo tendo a certeza de toda essa confusão
algo me faz insistir em cair no meio desse furacão que é você.
Sendo racional,
é como se eu quisesse nadar contra a correnteza.
Mas, bem lá no fundo,
algo grita que estou apenas acompanhando a leveza das ondas.
Então, perco o controle de mim mesma
e dos planos que fiz.
outubro/2008
Todo feliz
é irresponsável
aos olhos dos infelizes.

Metade...



... Dança que se cansa da mansidão do tempo,
na lentidão dos acontecimentos.
Muitas perguntas, poucas respostas,

e esse imenso vazio na multidão.


Haviam tantos planos,

e já não sei mais se assim serão.


Início,
inocência...
malícia que parece não querer me ter...

E quão dela preciso,
num mundo ríspido que,
as vezes,

mostra não me caber.


Pareço,
vez em quando, aos outros olhos,
ser só capa.
Mas sei que sou o conteúdo que me basta.

Bem Mais...




Não quero ser o cais, onde seguro se aporta,
mas não se choca com o que pode surpreender-se.

Quero ser a paixão que avassala,
que rasga o peito,
que faz da falta um belo motivo para uma boa lembrança...

Quero ser saudade, e ser alegria na minha chegada.

Quero ter um beijo inesperadamente roubado por uma boca ansiosa por saciar-se dos meus lábios.

Quero amor intenso!

Quero amor verdadeiro,
Amor de alma...

Quero reciprocidade!